Dizem, afirmam, alegam, sabem, mas não mudam...
“As massas dizem que os políticos são corruptos
Ladrões, demagogos sem escrúpulos
Os políticos afirmam que existem forças ocultas
Economia e a águia e suas disputas
A burguesia alega a alienação das grandes massas
Patrões que riem do povo e suas desgraças
A população fala da educação que está sucateada
Mas falam sem ação, a deixam largada
Deste jeito as coisas parecem que nunca vão mudar
Mas no fundo todos sabem que vão piorar”
(Jonatan Tostes)
Revolução, do micro ao macro
Que os políticos cometem o crime da corrupção, a burguesia o da exploração e o povo o da falta de ação nós sabemos, mas como podemos mudar este quadro? Muito se fala de todos estes crimes contra a humanidade, mas pouco se fala sobre as soluções a não ser por uma palavra, que muitos temem outros adoram, a Revolução!
Mas como podemos usufruir desta ação e modificar nosso quadro atual? É difícil responder com precisão, mas recorrendo a História vemos que no caso do Brasil está palavra é muito abstrata. Pensemos em nossa Independência, após ela ter sido concretizada o líder que assumiu o poder foi um português membro da coroa que acabávamos de expulsar (digo pagar para ela se retirar) e nossa Proclamação da República, os membros do bondoso exercito é que efetuaram a transição, tendo em vista que cerca de 80 anos depois fomos submetidos a uma ditadura militar, que após anos de luta se acaba com um presidente escolhido pelos militares no poder.
Isso mesmo nossos poucos exemplos de transições políticas vão daí para pior, é claro que temos alguns momentos mais dignos, mas sabemos que a população brasileira nunca praticou uma verdadeira revolução, nossas mudanças políticas em suma foram conciliações pelo alto, onde uma pequena parcela se beneficia e a grande massa fica muitas das vezes sem entender o ocorrido.
O que procuro fazer neste artigo é atrair olhares para aquilo que está evidente, pois mesmo evidente parece passar despercebido, busquem em nossa História, nossas grandes lutas, nossas conquistas, tentem ver a politização do povo, a vontade de pensar o Brasil, de ler e criticar estes artigos, não é preciso muito para ver que precisamos agir.
Acredito que a prioridade é a educação, com ela construímos pessoas capazes de mudar este quadro, capazes de entender uma revolução e não apenas de gritar por ela, pois mesmo que ela seja feita precisaremos de uma massa politizada para que a revolução não seja desvirtuada. A chave para mudar a educação está na escola, é claro que não é apenas lá que se educa, mas lá é que devemos ter um espaço para trabalhar o ser humano e não apenas passar conteúdos.
Para mudar a escola precisamos repensar suas estruturas físicas e ideológicas, as condições de trabalho e os agentes transformadores que lá atuam, precisamos de uma revolução escolar, ou seja, para revolucionar o país precisamos que se revolucione o espaço que ira possibilitar a revolução. Logo o objetivo destes dizeres é tentar focar a população para a realização de uma mudança menor que ira construir uma maior.
Vamos voltar nossos olhos para a escola, pois ela pode nos ajudar a mudar o quadro de miséria intelectual, econômica e política que estamos enfrentando atualmente.
Jonatan Tostes
Obs: ver artigo “A escola serve para quê?”