quarta-feira, 27 de julho de 2011

Revolução, do micro ao macro

 Dizem, afirmam, alegam, sabem, mas não mudam...

“As massas dizem que os políticos são corruptos
Ladrões, demagogos sem escrúpulos
Os políticos afirmam que existem forças ocultas
Economia e a águia e suas disputas
A burguesia alega a alienação das grandes massas
Patrões que riem do povo e suas desgraças
A população fala da educação que está sucateada
Mas falam sem ação, a deixam largada
Deste jeito as coisas parecem que nunca vão mudar
Mas no fundo todos sabem que vão piorar”
                                                       (Jonatan Tostes)


                                            
   Revolução, do micro ao macro

Que os políticos cometem o crime da corrupção, a burguesia o da exploração e o povo o da falta de ação nós sabemos, mas como podemos mudar este quadro? Muito se fala de todos estes crimes contra a humanidade, mas pouco se fala sobre as soluções a não ser por uma palavra, que muitos temem outros adoram, a Revolução!
Mas como podemos usufruir desta ação e modificar nosso quadro atual? É difícil responder com precisão, mas recorrendo a História vemos que no caso do Brasil está palavra é muito abstrata. Pensemos em nossa Independência, após ela ter sido concretizada o líder que assumiu o poder foi um português membro da coroa que acabávamos de expulsar (digo pagar para ela se retirar) e nossa Proclamação da República, os membros do bondoso exercito é que efetuaram a transição, tendo em vista que cerca de 80 anos depois fomos submetidos a uma ditadura militar, que após anos de luta se acaba com um presidente escolhido pelos militares no poder.
Isso mesmo nossos poucos exemplos de transições políticas vão daí para pior, é claro que temos alguns momentos mais dignos, mas sabemos que a população brasileira nunca praticou uma verdadeira revolução, nossas mudanças políticas em suma foram conciliações pelo alto, onde uma pequena parcela se beneficia e a grande massa fica muitas das vezes sem entender o ocorrido.
   O que procuro fazer neste artigo é atrair olhares para aquilo que está evidente, pois mesmo evidente parece passar despercebido, busquem em nossa História, nossas grandes lutas, nossas conquistas, tentem ver a politização do povo, a vontade de pensar o Brasil, de ler e criticar estes artigos, não é preciso muito para ver que precisamos agir.
Acredito que a prioridade é a educação, com ela construímos pessoas capazes de mudar este quadro, capazes de entender uma revolução e não apenas de gritar por ela, pois mesmo que ela seja feita precisaremos de uma massa politizada para que a revolução não seja desvirtuada. A chave para mudar a educação está na escola, é claro que não é apenas lá que se educa, mas lá é que devemos ter um espaço para trabalhar o ser humano e não apenas passar conteúdos.
Para mudar a escola precisamos repensar suas estruturas físicas e ideológicas, as condições de trabalho e os agentes transformadores que lá atuam, precisamos de uma revolução escolar, ou seja, para revolucionar o país precisamos que se revolucione o espaço que ira possibilitar a revolução. Logo o objetivo destes dizeres é tentar focar a população para a realização de uma mudança menor que ira construir uma maior.
Vamos voltar nossos olhos para a escola, pois ela pode nos ajudar a mudar o quadro de miséria intelectual, econômica e política que estamos enfrentando atualmente.   

                                                                                                                      Jonatan Tostes
 Obs: ver artigo “A escola serve para quê?”
    

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